Ainda que o mundo a tenha conhecido quando entrou na formação do desaparecido grupo mexicano RBD, Dulce María Espinosa Saviñón já leva 20 anos trabalhando como atriz, modelo, compositora e cantora no México, sua cidade natal. Agora que a famosa agrupação desintegrou-se esta jovem se lançou para conquistar seu público em carreira solo e não foi difícil, porque seus fãs seguem incondicionais.
Dulce María sabe que deve ao seu público e assim nos demonstrou na Cidade do México enquanto fazíamos esta entrevista, pois não hesitou em parar várias vezes para dar autógrafos ou tirar fotos com as pessoas que a paravam na rua. A artista nos fala da primeira parte de "Extranjera", um trabalho que nos mostra quem ela realmente é.
Ocio Latino: Depois de cantar por vários anos cercada por seus companheiros do RBD, como você se sente agora em carreira solo?
Dulce: Definitivamente é uma etapa muito diferente. É um desafio, porque agora toda a responsabilidade recai sobre mim e é algo que eu estou aproveitando muito. Estou me expressando com o que eu escrevo e com o que sinto, com o que sou, com o que eu vivi. E isso é algo que me encanta. Quando eu estava no grupo era parte de um conceito, de uma novela e agora sou cem por cento eu sozinha.
OL: As pessoas sentem curiosidade de saber como é a relação entre ex-integrantes do RBD...
D: Bem, a verdade é que, felizmente, graças a Deus, eu tenho um monte de trabalho e quase não vejo nem a minha família, mas sempre que encontro com os meus es companheiros nos tratamos com muito carinho. Nos amamos muito e sempre nos escrevemos através de redes sociais, ou seja, estamos muito bem.
OL: Você terminou 2010 com muitos reconhecimentos, como "La mas guapa del año", "La Mejor cantante pop de 2010". Isso mostra que seus fãs estão do seu lado, não?
D: Eu não posso reclamar, eles têm me dado muito carinho. Eu sei que todos os reconhecimentos foram graças aos fãs que votaram em mim e é algo que agradeço muito. Mas bem, estou começando nessa fase em carreira solo, me falta muito e estou me preparando.
OL: Você realmente se sente estrangeira como o título do seu primeiro álbum?
D: O título deste álbum é porque emocionalmente me sinto um pouco cigana, por assim dizer, porque não tenho uma casa emocional. Agora é como se meu coração estivese de viagem. Eu continuo andando, mas não encontrei um lugar. As letras do álbum falam disso, nenhuma de um amor permanente, mas desta procura de amor e desamor. Eu sou uma estrangeira emocional.
OL: Por que você decidiu prestar uma homenagem à Selena neste CD?
D: O segundo single, "Ya No", é um cover de Selena. É uma música que eu gosto porque diz que as mulheres devem aprender a pôr um ponto final, a dizer 'ya no', a ter dignidade e respeito por nós mesmos em muitos aspectos. Além disso, eu acho muito bonito lembrar de Selena e a reviver com sua música porque há poucos artistas que fizeram um cover dela e ela é um ícone da música latina.
O.L: Fale-nos sobre o segundo disco que você vai lançar.
D: É realmente o mesmo disco, esta primeira parte de Extranjera foram sete canções e na segunda são dez canções, é como se fosse um mesmo disco de 17 canções em vez de 11, com um preço mais acessível.
OL: Por que tanta afinidade com o público do Brasil que até anunciou que você poderia cantar em Português?
D: É um público que me apoiou muito. Já cantei duas canções em português que saírão na segunda parte do disco Extranjera que será vendido no Brasil.
OL: Você tem 25 anos e está comemorando 20 anos de carreira. Isso já diz tudo. Você teve tempo para desfrutar da sua infância, da sua vida?
D: Minha vida não foi tradicional. Eu acho que quando você tem um sonho, tem que pagar um preço para torná-lo realidade e temos que ser fiéis aos princípios. Eu comecei muito jovem, então eu vivi o que tinha que viver, fazendo o que queria fazer. Mas eu também tinha minhas amigas, brincava, ia à escola, só que ao mesmo tempo que fazia isso tinha que trabalhar. Quando você faz o que gosta, você o disfruta.
OL: Vamos falar sobre a sua fundação. O que te incentivou a criá-la?
D: A Fundação Dulce Amanecer fizemos com os fã-clubes de todo o mundo e a criamos para ajudar em muitas causas sociais. A primeira, para ajudar o povo do Haiti, quando ocorreu o terremoto. Depois veio a do Chile e, recentemente, houve inundações aqui em Veracruz e agora estamos arrecadando fundos para ajudar as mulheres indígenas no México.
OL: Dois anos atrás, você publicou seu livro Dulce Amargo. Para quando seria um segundo livro?
D: Eu estou preparando outro, tenho muitos escritos, muitas coisas para dizer às pessoas, mas ainda falta bastante. Primeiro eu tenho que fazer a turnê, terminar a segunda parte do disco e preciso de tempo para poder selecionar todos os escritos que eu tenho. Escrevo sobre as coisas que sinto, do que vivem os jovens de todo o mundo. Assim como o primeiro, se tratará de experiências pessoais.
Os dadosDulce já esteve em 2010 apresentando seu novo álbum na Espanha e dando autógrafos e acredita-se que este ano o país será incluído na turnê internacional do disco.
O discoO disco Extranjera contém 10 faixas inéditas que combinam temas pop dançantes com baladas. Alguns deles são: Inevitable, Irremediablemente, No Se Parece, Extranjera, El hechizo, entre outros. Atualmente, a cantora se encontra promovendo o single "Ya No", homenagem à Selena.
Fonte: Ocio Latino
